Práticas de cultivo na cultura do descarte
- Marcella Carvalho
- 5 de ago.
- 1 min de leitura

É preciso ironia, senso de humor e um gosto pela delicadeza cultivar a beleza e a diversidade no meio do olho do furacão da vida capitalista. Ao assumirmos nossa natureza ciborgue de seres híbridos entre natureza e técnica, precisamos buscar o equilíbrio entre as demandas por produtividade e a contemplação, caso contrário nos esvaziamos e nos perdemos no altar de uma dívida invisível, abstrata, com a máquina que deveríamos ser. Como escreveu Lazzarato em "Fascismo ou revolução?", o escravo ainda pode se rebelar, enquanto a máquina nunca contesta. Nosso duplo, doppelgänger da representação da máquina neoliberal em nós,, deve ser amansado pelas práticas do cultivo e do cuidado, nesta realidade que regamos desde as sementes, a nossa vida.
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